Entenda quem são os principais reguladores do mercado livre de energia

Conheça algumas das entidades que participam do setor e o papel de cada uma delas.

Com mais de 30% de representatividade dentro do mercado de energia, o mercado livre vem apresentando forte e constante crescimento nos últimos anos, atingindo atualmente 8.378 consumidores em dezembro de 2020.

E as perspectivas só apontam para uma tendência de crescimento contínuo. Isso porque está em aprovação a abertura do mercado livre que, embora seja realizada de forma gradual, traz grandes expectativas com a possibilidade da entrada de mais consumidores de pequeno porte no mercado. 

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Para apoio a essa expansão, entra em destaque o papel dos reguladores do mercado, que são as instituições responsáveis por garantir que a energia negociada livremente siga padrões técnicos e de segurança, que haja normas a serem seguidas e que todos os participantes do setor tenham direitos e deveres estabelecidos.

Aqui neste artigo vamos apresentar quem são esses agentes e qual o papel de cada um deles. Confira!

Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), presidido pelo Ministro de Estado de Minas e Energia, é órgão de assessoramento do Presidente da República para formulação de políticas e diretrizes de energia.

Os ministros que fazem parte do CNPE devem propor ao presidente da República medidas que permitam:

  • promover o aproveitamento racional dos recursos energéticos do país;
  • assegurar, em função das características regionais, o suprimento de insumos energéticos às áreas mais remotas ou de difícil acesso do País, submetendo as medidas específicas ao Congresso Nacional, quando implicarem criação de subsídios;
  • rever periodicamente as matrizes energéticas aplicadas às diversas regiões do país
  • estabelecer diretrizes para programas específicos, como os de uso do gás natural, do carvão, da energia termonuclear, dos biocombustíveis, da energia solar, da energia eólica e da energia proveniente de outras fontes alternativas;
  • estabelecer diretrizes para a importação e exportação, de maneira a atender às necessidades de consumo interno de petróleo e seus derivados, biocombustíveis, gás natural e condensado, e assegurar o adequado funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o cumprimento do Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis;
  • sugerir a adoção de medidas necessárias para garantir o atendimento à demanda nacional de energia elétrica, considerando o planejamento de longo, médio e curto prazos, podendo indicar empreendimentos que devam ter prioridade de licitação e implantação, tendo em vista seu caráter estratégico e de interesse público, de forma que tais projetos venham assegurar a otimização do binômio modicidade tarifária e confiabilidade do Sistema Elétrico;
  • estabelecer diretrizes para o uso de gás natural como matéria-prima em processos produtivos industriais, mediante a regulamentação de condições e critérios específicos, que visem a sua utilização eficiente e compatível com os mercados interno e externo. (Incluído pela Lei no 11.909, de 2009)
  • definir os blocos a serem objeto de concessão ou partilha de produção;
  • definir a estratégia e a política de desenvolvimento econômico e tecnológico da indústria de petróleo, de gás natural, de outros hidrocarbonetos fluidos e de biocombustíveis, bem como da sua cadeia de suprimento;
  • induzir o incremento dos índices mínimos de conteúdo local de bens e serviços, a serem observados em licitações e contratos de concessão e de partilha de produção

Ministério de Minas e Energia (MME)

O Ministério de Minas e Energia (MME) foi criado em 1960. Anteriormente, os assuntos de minas e energia eram de competência do Ministério da Agricultura. Dentre as atuais e principais responsabilidades do MME estão o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), ambos presididos pelo ministro de Minas e Energia.

Como vimos acima, o CNPE é vinculado à Presidência da República, com a atribuição de propor ao Presidente da República políticas nacionais e medidas para o setor. Já o CMSE tem a função de acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético em todo o território nacional.

Além disso, o MME possui quatro Secretarias finalísticas que propõem diretrizes e implementam políticas nacionais em suas áreas de atuação. Conheça:

  • Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
  • Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
  • Secretaria de Energia Elétrica
  • Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) foi criado pela lei 10.848, de 2004, com a função de acompanhar e avaliar permanentemente a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético em todo o território nacional.

Compete ao CMSE as seguintes atribuições:

  • acompanhar o desenvolvimento das atividades de geração, transmissão, distribuição, comercialização, importação e exportação de energia elétrica, gás natural e petróleo e seus derivados;
  • avaliar as condições de abastecimento e de atendimento, relativamente às atividades referidas no inciso I deste artigo, em horizontes pré-determinados;
  • realizar periodicamente análise integrada de segurança de abastecimento e atendimento ao mercado de energia elétrica, de gás natural e petróleo e seus derivados, abrangendo os seguintes parâmetros, dentre outros:
    • demanda, oferta e qualidade de insumos energéticos, considerando as condições hidrológicas e as perspectivas de suprimento de gás e de outros combustíveis;
    • configuração dos sistemas de produção e de oferta relativos aos setores de energia elétrica, gás e petróleo; e
    • configuração dos sistemas de transporte e interconexões locais, regionais e internacionais, relativamente ao sistema elétrico e à rede de gasodutos;
  • identificar dificuldades e obstáculos de caráter técnico, ambiental, comercial, institucional e outros que afetem, ou possam afetar, a regularidade e a segurança de abastecimento e atendimento à expansão dos setores de energia elétrica, gás natural e petróleo e seus derivados; e
  • elaborar propostas de ajustes, soluções e recomendações de ações preventivas ou saneadoras de situações observadas em decorrência da atividade indicada no inciso IV, visando à manutenção ou restauração da segurança no abastecimento e no atendimento eletroenergético, encaminhando-as, quando for o caso, ao Conselho Nacional de Política Energética - CNPE.

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Empresa de Pesquisa Energética (EPE)

A Empresa de Pesquisa Energética – EPE tem por finalidade prestar serviços ao Ministério de Minas e Energia (MME) na área de estudos e pesquisas destinadas a subsidiar o planejamento do setor energético, cobrindo energia elétrica, petróleo e gás natural e seus derivados e biocombustíveis. 

Ela foi criada com o objetivo de resgatar a responsabilidade constitucional do Estado nacional em assegurar as bases para o desenvolvimento sustentável da infraestrutura energética do país. 

Além de participar ativamente das grandes discussões que dizem respeito ao setor energético brasileiro, a empresa atua no planejamento do setor energético nacional conduzindo os estudos e pesquisas que culminam na construção do conjunto de procedimentos e ações que visam à realização da política necessária ao suprimento de energia; realiza definições de políticas e diretrizes no âmbito do CNPE – Conselho Nacional de Política Energética e do MME; e estudos e pesquisas que irão efetivamente orientar o desenvolvimento do setor energético brasileiro.

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) foi criada para regular o setor elétrico brasileiro. A ANEEL iniciou suas atividades em dezembro de 1997, tendo como principais atribuições:

  • regular a geração (produção), transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica;
  • fiscalizar, diretamente ou mediante convênios com órgãos estaduais, as concessões, as permissões e os serviços de energia elétrica;
  • implementar as políticas e diretrizes do governo federal relativas à exploração da energia elétrica e ao aproveitamento dos potenciais hidráulicos;
  • estabelecer tarifas;
  • dirimir as divergências, na esfera administrativa, entre os agentes e entre esses agentes e os consumidores, e
  • promover as atividades de outorgas de concessão, permissão e autorização de empreendimentos e serviços de energia elétrica, por delegação do Governo Federal.

Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS)

É o órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo planejamento da operação dos sistemas isolados do país, sob a fiscalização e regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O ONS desenvolve uma série de estudos e ações exercidas sobre o sistema e seus agentes proprietários para gerenciar as diferentes fontes de energia e a rede de transmissão, de forma a garantir a segurança do suprimento contínuo em todo o país, com os objetivos de:

  • promover a otimização da operação do sistema eletroenergético, visando ao menor custo para o sistema, observados os padrões técnicos e os critérios de confiabilidade estabelecidos nos Procedimentos de Rede aprovados pela Aneel;
  • garantir que todos os agentes do setor elétrico tenham acesso à rede de transmissão de forma não discriminatória; e
  • contribuir, de acordo com a natureza de suas atividades, para que a expansão do SIN se faça ao menor custo e vise às melhores condições operacionais futuras.

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)

A CCEE atua como instituição responsável por oferecer uma estrutura regulatória, operacional e tecnológica à comercialização de energia elétrica e viabilizar as operações de compra e venda de energia em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN).

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE:

  • viabiliza as atividades de compra e venda de energia em todo o País; 
  • promove discussões voltadas à evolução do mercado, sempre orientada pelos pilares da isonomia, transparência e confiabilidade;
  • tem o papel de fomentar discussões voltadas ao aprimoramento do mercado, promovendo fóruns com as demais instituições do setor elétrico, os agentes e suas associações representativas;
  • é responsável pela contabilização e pela liquidação financeira no mercado de curto prazo de energia, incumbida do cálculo e da divulgação do Preço de Liquidação das Diferenças - PLD, utilizado para valorar as operações de compra e venda de energia;
  • implanta e divulga regras e procedimentos de comercialização;
  • faz a gestão de contratos do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e do Ambiente de Contratação Livre (ACL);
  • mantém o registro de dados de energia gerada e de energia consumida;
  • realiza leilões de compra e venda de energia no ACR, sob delegação da Aneel;
  • realiza leilões de Energia de Reserva, sob delegação da Aneel, e efetuar a liquidação financeira dos montantes contratados nesses leilões;
  • apura infrações que sejam cometidas pelos agentes do mercado e calcular penalidades;
  • serve como fórum para a discussão de ideias e políticas para o desenvolvimento do mercado, fazendo a interlocução entre os agentes do setor com as instâncias de formulação de políticas e de regulação.

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