A importância de desmembrar o valor da conta é saber quais fatores interferem no preço final da energia para ter mais controle sobre seus gastos.

 

Com a correria do dia a dia e a necessidade de focar em nossas muitas obrigações, ao recebermos a fatura de energia, seguimos quase automaticamente para seu pagamento, sem qualquer análise prévia. Mas pelo que de fato estamos pagando? Ao que se refere o valor final encontrado na conta de energia?

É fato que, ao desdobrarmos o valor da conta de energia, enxergarmos melhor quais são os pilares de formação do preço e, assim, temos um melhor controle sobre o orçamento.

Pensando nisso, nesse texto traremos informações sobre os fatores que interferem no preço da energia no Brasil, e como isso altera o comportamento orçamentário da sua empresa.

 

Formação do Preço de Energia

Nos últimos anos, vivenciamos um aumento significativo nas contas de energia. Isso se deve, além do movimento contínuo e oscilante da nossa economia, a algumas forças implícitas do setor elétrico brasileiro.

Quando pensamos na formação de preço da energia, precisamos considerar todo o seu percurso, da geração ao consumo, pois cada etapa possui custos variáveis, de acordo com o período e funcionamento do sistema.

Graças a essas características, podemos incluir como pilar de formação os custos de geração, a disponibilidade de recursos, a demanda energética do país, os custos de manutenção e ampliação da estrutura de transmissão e distribuição de energia, e os impostos. Tudo isso influencia diretamente no valor final da fatura.

 

Preço de Liquidação das Diferenças (PLD)

Quando abordamos a formação do custo da energia elétrica no mercado livre, os pilares se mantém semelhantes aos comentado acima, porém, enquanto as tarifas de distribuição seguem tabeladas e definidas por órgãos reguladores, o custo das tarifas da energia consumida variam diariamente, e neste cenário, entre a variável do PLD, ou Preço de Liquidação de Diferenças, que é medido de acordo com o custo de geração de energia do país a cada hora, e ao final do mês, seu valor médio baliza o mercado para valorar as sobras ou faltas dos contratos de energia do país.

Em outras palavras, o PLD é o parâmetro utilizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica para valorar toda a energia excedente dos contratos firmados. Essa energia excedente acaba então sendo negociada, também ao valor do PLD, com os agentes do mercado que necessitem adquirir uma quantidade adicional de energia, a fim de que, ao final do faturamento de cada mês, todo o mercado tenha sua necessidade energética integralmente suprida, trazendo equilíbrio ao sistema.

Assim, é feita uma avaliação da falta ou sobra de energia de cada agente, e essa quantidade será multiplicada pelo PLD determinado, e assim  tem-se ao valor final que esse agente deverá pagar ou receber.

Além de balizar as operações residuais de cada faturamento de energia do país, o PLD, por refletir o custo médio da geração de energia do país, influencia nos preços da energia dos anos próximos, e são também referência para as operações de risco em cada segmento econômico. Para entender como os preços são formados, é necessário analisar também como a eletricidade é gerada no país.

Painel de preços_CCEE

Fonte: Painel de Preços, CCEE, dia 19 de abril de 2022.

PLD por Submercados

Agora que entendemos o conceito e aplicação do PLD, vale acrescentar que essa contagem também varia de acordo com cada Submercado de energia do país.

Considerando que o Sistema Interligado Nacional (SIN) é dividido em quatro Submercados, é necessário contar com as questões de geração e distribuição de cada região - Norte, Nordeste, Sul e Sudeste/Centro-Oeste.

Por isso, o cálculo examina as condições climáticas, o nível dos reservatórios, a demanda de energia, o preço dos recursos e a disponibilidade de transmissão e geração de cada Submercado.

A MegaWhat, canal importante de relacionamento e inteligência dentro do mercado de energia, traz conteúdos imersivos sobre os cálculos dos preços de energia.

 

>> No nosso Comercast, também falamos sobre isso. Ouça agora!

 

Fatores que influenciam o preço da energia elétrica para consumidores livres

O setor elétrico brasileiro caminha junto com o funcionamento de outros setores e é bastante influenciado pela dinâmica de administração dos agentes do SIN.

O funcionamento do sistema depende do comportamento de algumas variáveis que alteram o valor de cada serviço, e do balanço entre geração e do consumo de energia.

Isso implica considerar, além dos fatores de logística, impostos e tarifas, as condições ambientais e estruturais para o desempenho do abastecimento dos submercados.

Ou seja, dentre os pilares que influenciam o preço da energia, podemos levar em consideração:

1 - Bandeiras Tarifárias;

2 - Oferta e Demanda;

3 - Estrutura de distribuição - custo de mão de obra e materiais;

4 – Modalidade Tarifária;

5 - Crises energéticas, sociais, políticas ou econômicas – e seus efeitos na relação oferta x demanda de energia do país;

6 - Localização geográfica - diversidade de climas;

7 - Eventos geopolíticos - guerras, sanções e comércio exterior;

8 – Demanda de energia nos horários de Ponta e Fora Ponta.

Para entender um pouco mais sobre as bandeiras tarifárias e outros custos, leia também:
>> Entenda a sua fatura de energia elétrica!

Por isso, ao mesmo tempo que sentimos a instabilidade dos preços e uma inflação elevada vemos diversos países sofrendo com a disponibilidade energética. Um dos exemplos são os países europeus, fortemente impactados com a escassez e aumentos dos preços do gás natural, uma das principais fontes de energia do mundo, e que tem a Rússia como sua principal ofertante, afetando o desenvolvimento dessas regiões.

Outro ponto interessante de se avaliar quando pensamos na gestão de energia, principalmente em indústrias do mercado livre é a Hora Ponta e Hora Fora Ponta. Essas são classificações para os horários de consumo do país, que tem 3 horas específicas de pico do consumo, definidas junto às concessionárias, chamado ponta, e as demais horas de menor consumo, ou fora ponta.

Devido ao alto consumo, que impactam os preços uma vez que a disponibilidade de energia não cresce de forma linear, as tarifas nos horários de ponta sofrem um significativo aumento nos seus custos em relação ao horário fora-ponta, buscando induzir os consumidores a distribuírem o consumo de forma mais homogênea durante os períodos.

Como calcular o consumo de energia elétrica empresarial?

Contando com todas as variáveis apresentadas, a energia em si é calculada de acordo com a potência necessária para manter os equipamentos da sua empresa funcionando em perfeito estado.

A quantidade, dada em watts, é multiplicada pelo tempo de funcionamento. Esse valor corresponde ao consumo de energia daquele equipamento por dia, ou seja, para determinar o consumo mensal, multiplica-se a potência utilizada em cada hora, durante todo o mês.

Esse segundo valor encontrado será calculado com o preço da energia na sua região, e assim teremos o valor específico do consumo direto de energia, sem qualquer outro fator.

O preço do KWh pode ter quatro variações no Grupo A, que engloba consumidores de grande porte. Por isso, é aconselhável que você se certifique desse valor diretamente com a fornecedora contratada, para poder realizar o cálculo com mais precisão.

Esse valor final encontrado, será somado às variáveis citadas, como bandeiras tarifárias, impostos, tarifas (TE e TUSD) e horário de consumo. Só assim, chega-se ao valor apresentado na fatura.

O processo de fazer sua própria apuração garante um melhor controle dos seus gastos e um histórico de consumo útil para futuras movimentações dentro do mercado.

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