Há dois anos, em julho de 2016, as primeiras comercializadoras varejistas foram habilitadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), entre elas, a Comerc Energia.

“A Comerc sempre apoiou o mercado varejista, tanto é que fomos uma das primeiras comercializadoras a entrar nesse modelo. É um mercado de muito potencial. Existem muitas empresas que ainda podem migrar para o mercado livre se forem representadas por uma comercializadora varejista”, conta Marcelo Ávila, vice-presidente da Comerc Energia.

Mas o que é ser um consumidor ou uma comercializadora varejista no mercado livre de energia?

Todos aqueles que migram para o mercado livre são agentes cadastrados na CCEE e devem cumprir diversas obrigações regulatórias. Empresas e indústrias de menor porte, na maioria das vezes, não têm uma equipe especializada em energia ou qualquer experiência com negociações nessa área. É aí que a comercializadora varejista entra.

O agente comercializador varejista representa as empresas menores nas adequações e obrigações com a Câmara para que elas entrem para o Ambiente do Contratação Livre (ACL). O varejista torna-se responsável por toda a operação do cliente, desde a migração até os procedimentos operacionais, como: modelagem, medição, contabilização e obrigações financeiras. Com isso, o cliente representado não precisa se tornar agente da CCEE.

As perspectivas desse modelo

Esse modelo traz alguns pontos que ainda travam as negociações. Ávila aponta a inadimplência como o principal risco que a comercializadora tem ao representar um cliente. O executivo afirma também que uma abertura regulatória para gestão de riscos viabilizaria, e muito, esse mercado. “Se a comercializadora não fosse a única penalizada pela inadimplência dos clientes, teríamos um ambiente muito mais seguro e aberto para esse negócio”.

Mas os passos do setor indicam a abertura desse mercado. A Consulta Pública 33 também prevê que consumidores com carga inferior a 500 kW devem ser, obrigatoriamente, representados por comercializadoras varejistas na CCEE.

“Com algumas adaptações e melhorias na regulamentação, as perspectivas são positivas, mas ainda estamos avançando em passos curtos. É um modelo recente, mas com um potencial enorme”, conclui Ávila.

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