Mercado Livre de Energia cresce 18% em 12 meses

Foram mais de 5 mil novas unidades consumidoras atendidas nessa modalidade no período. Dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Comercializadoras de Energia Elétrica (Abraceel) em junho.

O Mercado Livre de Energia cresceu 18% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Comercializadoras de Energia Elétrica (Abraceel), no boletim mensal da instituição¹. Foram 5.041 novas unidades consumidoras atendidas nessa modalidade no período.

Em junho de 2023, esse ambiente, no qual os consumidores têm a liberdade de escolher seu fornecedor de energia elétrica, alcançou o número de 33.197 unidades consumidoras, responsáveis por 39% do consumo nacional de eletricidade no Brasil.

Tais unidades podem obter energia proveniente de fontes mais limpas, como solar e eólica, e economizar em suas contas de luz.

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Os números do Mercado Livre de Energia no Brasil

Atualmente, o Mercado Livre movimenta um volume expressivo de energia. De acordo com a Abraceel, somente nos últimos 12 meses foram transacionados mais de 100 GWmed de energia nesse ambiente, o que representa aproximadamente 68% de toda a energia transacionada no país.

No mercado cativo, o consumidor está vinculado a uma única empresa, que é a responsável pelo fornecimento e distribuição de energia elétrica. Ele fica sujeito às tarifas reguladas e não pode negociar preços e condições comerciais, nem garantir que serão utilizadas fontes renováveis.

Diante disso, fica fácil entender o porquê atualmente 39% de toda a energia consumida no país se dá pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL), um aumento de 18% nos últimos 12 meses.

Quem pode e quais as vantagens de aderir a esse mercado

É importante destacar que ainda não são todas as empresas que podem aderir ao Mercado Livre de Energia.

Atualmente, apenas as unidades em alta tensão, com demanda igual ou superior a 500 kW, têm a possibilidade de migrar para esse ambiente. Com a Portaria 50/22, publicada pelo Ministério de Minas e Energia, a partir de 2024, todas as empresas do Grupo A também poderão realizar a migração.

A migração para o Mercado Livre traz diversos benefícios, como:

Previsibilidade econômica: as partes fixam os preços ou descontos no contrato e não é afetado pelas variações tarifárias da parcela de energia e bandeiras tarifárias do mercado regulado.
Redução de custos: por estar dentro de um mercado competitivo, por consequência, os consumidores podem escolher o fornecedor que apresente o melhor custo-benefício. Dados da Abraceel² mostram que os consumidores inseridos no mercado livre economizaram cerca de R$339 bilhões, sendo R$41 bilhões apenas em 2022.
Sustentabilidade: o mercado livre é uma das alternativas para as empresas que desejam migrar para as fontes de energia renováveis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para uma construção de marca sustentável frente aos seus consumidores.

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