Desafio Comerc Energia reconhece proposta de supercapacitores de nanofibra de carbono

Da esquerda para direita: Fernando Almeida Prado, Brunela Fcamidu, Helena Eugenio, Cristopher Vlavianos, Gabriela Giusti, Marcelo Ávila, Fabrício Vaz, Pedro Ladeira, Marcel Haratz e Lucas Lima.

Da esquerda para direita: Fernando Almeida Prado, Brunela Fcamidu, Helena Eugenio, Cristopher Vlavianos, Gabriela Giusti, Marcelo Ávila, Fabrício Vaz, Pedro Ladeira, Marcel Haratz e Lucas Lima.

Como obter o equilíbrio no custo-benefício ambiental e financeiro no armazenamento de energia no Brasil? Esse foi o tema do Desafio Comerc Energia, desenvolvido para a XIV Semana de Engenharia Ambiental da Universidade de São Paulo (USP). Com o aumento da geração eólica e solar no país, a intermitência dessas fontes está sendo cada vez mais discutida entre agentes do mercado.

Atualmente, uma alternativa já utilizada em alguns países é o armazenamento dessas fontes de energia em baterias de lítio. No entanto, o custo dessas baterias ainda é elevado. Como a vida útil das baterias é de até 20 anos, é possível que o investimento financeiro não seja recuperado em tempo satisfatório, além de ser repassado no custo da energia, tornando as fontes menos competitivas. Outro inconveniente é a alta toxicidade do lítio, o que cria um problema ambiental no fim da vida útil das baterias.

Em busca de solucionar o problema, os alunos de engenharia ambiental da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram uma proposta de armazenadores de energia de baixo custo e impacto ambiental.  Conhecidos como supercapacitores, os equipamentos utilizam nanofibras de carbono obtidas da celulose de resíduos de diversas matérias–primas abundantes no Brasil.

Os acadêmicos Brunela Fcamidu, Fabrício Vaz, Gabriela Giusti, Helena Eugenio e Pedro Ladeira defendem o uso dos supercapacitores por terem alto potencial de armazenamento de energia, rápida capacidade de carregar e descarregar, longo ciclo de vida, além de alta capacidade de potência. A celulose obtida a partir do bagaço de cana-de-açúcar do Sudeste e Centro-Oeste, a casca de arroz do Sul, a fibra de coco do Nordeste e o ouriço de castanha do Pará, do Norte, por serem matérias-primas de baixo custo, se apresentam como alternativas para diminuir o valor da produção de supercapacitores, que ainda é alto pelo fato de ser uma tecnologia relativamente nova. Ao mesmo tempo em que a ideia propõe uma alternativa sustentável e adaptada a cada região brasileira, também promove um desenvolvimento sustentável, permitindo que comunidades isoladas em diferentes regiões do país possam ter acesso à energia de baixo custo.

A apresentação dos trabalhos inscritos no Desafio Comerc Energia ocorreu em 12/05/17, na XIV Semana da Engenharia Ambiental da USP, organizada pelos estudantes do campus de São Carlos. Os projetos foram avaliados por uma banca composta pelo analista da Comerc ESCO (unidade de eficiência energética da Comerc Energia) Lucas Lima, o sócio da Sinerconsult Fernando Almeida Prado e o professor da USP Frederico Mauad. Em 09/06/17, a equipe vencedora teve a oportunidade de visitar a Comerc para apresentar a solução para Cristopher Vlavianos, presidente da empresa, Marcelo Ávila, vice-presidente, e Marcel Haratz, diretor da Comerc ESCO.

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