O mundo enfrenta hoje graves crises ambientais, que são reflexo de uma relação de exploração desequilibrada dos nossos recursos naturais diante de uma economia que gira em torno de grandes produções.

Desde o começo da Revolução Industrial, as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), principalmente o gás carbônico, aumentaram de maneira intensa, associado sobretudo ao uso de combustíveis fósseis.

Quando os dados sobre mudanças climáticas, esgotamento dos recursos e qualidade dos ecossistemas passaram a ser analisados com mais atenção, os países se prontificaram em buscar soluções que pudessem equilibrar os sistemas de produção com um uso mais consciente do meio ambiente.

Estudando caminhos e colocando a pauta ambiental em discussões econômicas e políticas, foi definido no Acordo de Paris que a estratégia que melhor atende as necessidades socioambientais sem interferir no ritmo de desenvolvimento das nações, é a neutralização de carbono.

Neutralização de Carbono

Mas, afinal de contas, o que é a neutralização de carbono?

A neutralização (ou neutralidade) nada mais é do que o balanceamento de carbono na atmosfera.

Ou seja, quando uma atividade ou um processo industrial emite uma certa quantidade de GEE, que inclui dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, é necessário que haja um processo de remoção desses gases, através de projetos específicos, que neutralizam a quantidade dos mesmos na atmosfera, reduzindo, assim, a quantidade de gases poluentes no ar.

Esse equilíbrio pode ser realizado através de diferentes ações, de acordo com a necessidade:

  • Descarte de resíduos em locais apropriados e compostagem de orgânicos;
  • Uso eficiente dos recursos naturais;
  • Utilizar fontes de energias renováveis;
  • Desenvolvimento de produtos e processos produtivos mais eficientes no uso de recursos naturais;
  • Redução do consumo supérfluo de quaisquer itens (alimentação, vestuário);
  • Plantio de árvores.

Essas são algumas das principais técnicas utilizadas para minimizar a emissão de carbono e reverter os efeitos do gás já presentes na atmosfera.

Especialistas afirmam que até 2050, é possível atingir a neutralidade de carbono e limitar o aquecimento global a 1,5ºC. É necessário, porém, que haja um esforço global com mudanças sócio-políticas imediatas para atingir esse objetivo.

A própria Organização das Nações Unidas (ONU) vem traçando metas a curto prazo para cumprir esse prazo, como:

- Cessar as construções de novas usinas elétricas de carvão, um dos grandes responsáveis por emissões de gases estufa;

- Fixar valores para emissões de carbono que auxilie no investimento para eliminar e desenvolver alternativas para emissões reduzidas;

- Divulgar obrigatoriamente os riscos financeiros relacionados ao clima;

- Integrar a neutralização de carbono em decisões econômicas, tributárias e de investimento aos países;

É importante deixar claro que a responsabilidade para a redução de emissões é global e não cabe apenas a um ou outro país agir para mitigar os riscos causados pelas emissões, sendo, então, necessário que haja um trabalho de conscientização no mundo todo para esclarecer os benefícios e riscos da neutralização de carbono.


>> Leia mais sobre esse tema no blog Panorama e saiba como a neutralização de carbono se relaciona com a sustentabilidade.

 

Net Zero: Um objetivo comum para o setor

Em meio a diferentes informações sobre estratégias e metas a serem alcançadas referente a neutralidade de carbono, surgiu um conceito interessante que vem crescendo entre empresas.

Quando adaptamos sistemas e compensamos a poluição emitida, equilibrando o sistema de forma que os poluentes entrem e saiam da atmosfera na mesma proporção, aderimos aos mecanismos de neutralização de carbono.

Neutralização, como o próprio nome diz, significa chegar a uma equação neutra. Isso quer dizer que continuaremos registrando grandes emissões de poluentes, mas haverá uma grande mobilização para compensar, com ações sustentáveis, os impactos causados.

Já quando falamos em Net Zero, o conceito vai mais além e abrange modificações profundas nos sistemas de produção. Para uma empresa se tornar Net Zero, ela deverá substituir qualquer processo que emita poluentes, em todos os níveis de produção e serviço.

Ou seja, a responsabilidade de ser uma empresa Net Zero envolve cuidar das relações com seus fornecedores e clientes, garantido que todos os envolvidos dentro da cadeia comercial estejam de acordo com a prática de eliminar qualquer tipo de emissão.

Claramente, é um processo muito mais complexo do que apenas reduzir e compensar os impactos causados. As mudanças são estruturais, sociais e econômicas, redirecionando seu negócio para uma perspectiva totalmente sustentável.

As corporações que se envolvem no projeto precisam se responsabilizar pela rede como um todo, aumentando o potencial sustentável.

Ao nos aprofundar no tema e analisar empresas que já são Net Zero, encontramos três principais escopos que determinam o tipo de modificação necessária para alcançar as metas estipuladas.

Quando falamos em Escopo 1, nos referimos às emissões de poluentes feitas diretamente pela empresa, seja pelo transporte, pela estrutura ou pelos processos de produção dentro do estabelecimento.

O Escopo 2 está relacionado aos gases emitidos de forma indireta, de acordo com o tipo de energia contratada e o funcionamento de grandes máquinas e equipamentos (aquecimento e refrigeração), onde as empresas têm responsabilidade parcial.

Por fim, todo o restante das emissões geradas de forma indireta dentro das cadeias de produção se refere ao Escopo 3. Esse grupo é o mais difícil de se ter controle, pois considera emissões residuais que são dadas como "impossíveis" de serem zeradas.

Por isso, se tornar uma empresa Net Zero traz grandes obstáculos e pode ser bastante trabalhoso. Mas com a onda de incentivos sobre o tema, a população tem entendido a importância de adotarmos maneiras mais conscientes de lidar com o meio.

O engajamento das instituições e dos governos sobre o assunto traz previsões otimistas para os próximos anos, mostrando que muitas organizações estão dispostas a enfrentar os desafios para alcançar o escopo 3 e se tornar Net Zero.

Entenda detalhes do Escopo 1, 2 e 3 com a Comerc Energia:

 

Benefícios que a Jornada Net Zero pode trazer ao seu negócio

Além dos benefícios globais que a neutralização de carbono traz, como evitar maiores e mais graves mudanças e catástrofes climáticas, há outras vantagens, mais palpáveis e visíveis para a sociedade em geral:

  • Incentivo a um crescimento econômico sustentável
  • Aumento da segurança alimentar
  • Melhoria da situação dos oceanos e da biodiversidade no planeta
  • Redução da poluição ambiental

Há também benefícios e vantagens para as empresas que se comprometem a alcançar a neutralização de carbono.

Além de estabelecer a responsabilidade ambiental como valor à empresa e seus produtos e tornar seu negócio sustentável, a neutralidade também viabiliza o engajamento e a retenção de novos talentos para o quadro de funcionários.

Isso acontece pelo simples fato de que um negócio sustentável é mais atrativo para o mercado e consequentemente para o público, que na hora de escolher, opta por empresas que tenham um propósito claro atrelado à sustentabilidade.

Benefícios

 

Desafios e Oportunidades da Jornada Net Zero

Podemos dizer que com grandes objetivos, vêm grandes desafios e por isso não podemos deixar de falar que a corrida pelo Net Zero acontecer até 2050 apresenta alguns obstáculos consideráveis.

Os pontos mais importantes apresentados pela ONU para que seja possível alcançar as metas, destacam o protagonismo das fontes de energia limpa, a quantidade de emissões de dióxido de carbono ser inferior ao resgate desse gás da atmosfera e a substituição do combustível fóssil.

Na teoria, essas ações são extremamente possíveis. Porém, ao aplicar isso em diferentes países vemos uma discrepância entre o que é viável e o que é distante para as realidades de cada lugar.

Temos 28 anos para reformar todos os sistemas de produção e circulação, o que exige altos investimentos nos pontos destacados. Para alguns países, a transição energética é possível dentro desse prazo, para outros, não.

Além disso, é complexo garantir que todos os países consigam deixar a marca de emissões inferior ao do resgate de CO2 da atmosfera, o que reforçaria a continuidade de práticas voltadas para o crédito de carbono.

Olhando pelo lado dos investidores, é um momento excelente para aplicar capital em projetos, tecnologias e ações sustentáveis, pois há grande perspectiva de retornos financeiros a longo prazo. O mercado de carbono também se potencializa com o aumento de iniciativas de neutralização.

O desenvolvimento sustentável é um mercado do futuro que atinge diferentes setores. Além do movimento positivo em relação à neutralidade climática por parte das organizações, a conscientização social também tem papel fundamental para que o mundo alcance as metas.

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