Energia convencional x Energia incentivada

Entenda as diferenças e vantagens da energia incentivada dentro do mercado de energia.

Esse é um tema que o próprio nome já induz a possíveis definições, facilitando o processo de entendimento e de associação dentro dos pilares de funcionamento do mercado livre de energia. 

Isolando os termos “convencional” e “incentivada” é possível imaginar que existam estratégias de uso envolvendo seu tipo de negócio e algum esquema de compensação que estimule o uso de determinada energia.

Dentre várias iniciativas em prol do meio ambiente, o mercado livre de energia trabalha com classificações criadas com base em leis e decretos federais. Aqui é possível conhecer mais detalhadamente cada uma delas.

Nesse texto falaremos sobre as diferenças e vantagens de cada uma delas, lembrando que ambas são funcionais e podem atender seu negócio, cada qual com seus pontos de atenção. 

Por isso é tão importante que uma empresa especializada acompanhe seu processo de contratação, para que seja vantajoso e eficiente.

Energia Incentivada

Por definição, energia incentivada é aquela proveniente de fontes renováveis que geram menor impacto ambiental, sendo produzida de maneira limpa e abundante, pois depende basicamente do sol, do vento e da força das águas.

Esse tipo de energia será apresentada com inúmeras vantagens, incentivando dentro do mercado livre a adesão dessa prática, mesmo que de maneira gradual.

Esse processo de incentivo à sustentabilidade funciona como impulsionador do desenvolvimento das fontes alternativas de energia, sendo vantajoso tanto para o sistema elétrico brasileiro, como para o meio ambiente.

Dentre as vantagens existentes, o desconto nas tarifas do gerador e do consumidor é o principal. É o que atrai grande parte dos clientes, que enxergam a possibilidade de economizar com responsabilidade ambiental.

Diferença entre as energias

A principal diferença entre a energia convencional e a incentivada está na fonte geradora.

A convencional enquadra fontes já fortalecidas no mercado e responsáveis pela maior parte da energia gerada pelo país, como, por exemplo, grandes hidrelétricas, termelétricas.

As regras que definem uma fonte de energia convencional se baseiam principalmente na potência de geração.

Outra diferença importante é o valor cobrado por elas. A energia incentivada, apesar de ter variedade no mercado (solar, eólica, hidráulica e biomassa, por exemplo) tem um preço mais elevado, pois é influenciada pela oferta e demanda, fatores climáticos, pelo comportamento do SIN, entre outros.

Existem também grupos específicos para cada tipo de contratação de energia. A energia convencional se encaixa com o consumo de consumidores livres ( a partir de 1000 kW de demanda contratada).

Já a incentivada é contratada por consumidores do mercado livre, chamados de consumidores especiais, que possuem um consumo entre 500kW e 1000kW, mas os consumidores livres também podem adquirir essa energia.

>> Leia também: Empresas de energia: Saiba quais são as principais

Quais são as vantagens?

Quando pensamos em energia incentivada, é possível que surja a dúvida sobre o que é feito para incentivar as pessoas a realmente adotarem esse tipo de consumo.

O mecanismo adotado é o de desconto nas tarifas de uso do sistema de distribuição ou transmissão, proporcional ao consumo de energia proveniente de fontes de energia incentivadas. Os descontos podem variar de 50% a 100% dependendo do tipo de fonte escolhido para o abastecimento.

Não só os consumidores são beneficiados, mas os geradores também recebem esse desconto atualmente, incentivando ainda mais o investimento nesse tipo de energia. Vale destacar que foram estabelecidas novas regras para esse desconto na Lei 14.120/2021.

Não menos importante, está a possibilidade de reduzir os impactos ambientais e tornar-se uma empresa sustentável. Isso tem um grande valor no mercado, atualmente.

Quem pode contratar a energia incentivada?

Dentro do mercado livre de energia existem algumas restrições quanto à contratação dos serviços.

Os consumidores especiais (com demanda entre 500 kW e 1,0 MW) devem contratar apenas energia que venha de fontes renováveis incentivadas pelo governo.

Já os consumidores livres têm mais liberdade de escolha, podendo contratar tanto a incentivada como a convencional, de acordo com o que melhor atender o estabelecimento.

O mercado de energia tem se tornado mais flexível e mantém a política de liberdade de escolha, mesmo que expondo frequentemente as mudanças ambientes e as vantagens de se tornar um consumidor mais sustentável. 

É nesse caminho que vamos construir um ambiente menos impactante de produção e abastecimento. Saber cuidar dos nossos recursos e investir com inteligência social é um passo importante para essa evolução.

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