No mercado livre de energia, consumidores podem negociar condições livremente com seus fornecedores. A forma tradicional de negociar essa energia é no âmbito da CCEE e envolve a entrega física futura. Outra possibilidade é a de negociação de preços futuros por meio de derivativos, que oferecem ainda mais autonomia na gestão de risco de mercado, liquidez e otimização de garantias.

Se você acompanha as notícias do mercado financeiro, certamente já ouviu falar em derivativos. Como o próprio nome indica, derivativos são contratos ou instrumentos financeiros cujo valor depende (deriva) do valor de outro ativo, de uma taxa de referência ou de um índice de mercado. O ativo pode ser físico, como o ouro, a soja ou o café, ou financeiro, como ações, taxas de juros, moedas, entre outros. Mas o que isso tem a ver com o setor de energia e o que são derivativos de energia?

O ativo utilizado como referência para derivativos de energia elétrica é a energia para fornecimento futuro, sendo o valor referenciado ao Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), publicado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Uma característica dos derivativos é que eles são negociados, em geral, sob a forma de contratos padronizados, nos quais são definidos quantidade, prazo de liquidação e forma de precificação do ativo de referência. As negociações podem ser feitas tanto no mercado de balcão quanto em Bolsa de Valores, como a B3 – a Bolsa brasileira.

Aqui neste artigo você vai entender melhor sobre derivativos de energia, o que isso significa para o mercado e como isso afeta o setor. Confira!

 

Mais proteção, segurança e liquidez para o mercado

Os derivativos são contratos financeiros para quem busca se proteger da oscilação do preço de um ativo (hedge), como é o caso da energia.⠀

Os diversos tipos existentes de derivativos são utilizados por empresas e investidores para proteger suas operações ou com a expectativa de gerar resultado em função do comportamento dos preços do ativo adquirido.

Proteger como? Ao comprar um derivativo, seja ele de energia ou de outro tipo, o investidor estará negociando uma quantidade específica do produto, pela cotação de mercado, com validade até a data de vencimento.

Dessa forma, o ativo contratado estará protegido de eventuais oscilações de preço que podem ocorrer no futuro, porque o contrato permite fixar antecipadamente o valor de uma mercadoria ou de um ativo financeiro. Isso ajuda a minimizar o impacto de uma eventual mudança nos preços do mercado.

Com esse novo formato dos contratos derivativos, o mercado livre de energia tem a possibilidade de elevar a liquidez e, com isso, permitir que agentes possam aprimorar a tomada de posições e a gestão de risco de portfólio.

Esse movimento promete aquecer ainda mais o setor, trazendo maior liquidez e uma negociação com maior proteção de risco para quem está operando.⠀

 

Raio-X

• Derivativos são alternativas à negociação das mercadorias físicas e muito úteis quando precisamos nos proteger da oscilação de preço em datas futuras;

• Diversos agentes utilizam os derivativos;

• Os derivativos de energia existem, atualmente, na modalidade balcão sem contraparte central, ou seja, com negociação e riscos bilaterais;

• Os contratos de derivativos de energia podem ser negociados através dos contratos de termo, swap ou opção e permitem a proteção contra a flutuação dos preços de energia (PLD), reduzindo o risco, sem que haja necessidade de entrega física. Além disso, os derivativos também permitem obter exposição à oscilação de preço na intenção de se obter ganhos com esse movimento.

 

Quais as vantagens e os desafios dos derivativos de energia? Essas foram algumas das dúvidas que o Juliano Cunha de Castro, da Comerc Trading e o Daniel Marrocos Camposilvan, da Newcom Energia, nos ajudaram a esclarecer nesse episódio do Comercast:

 

A aquisição de derivativos de energia

Tanto agentes do mercado livre quanto bancos e investidores institucionais, como fundos de investimento, podem adquirir derivativos de energia. Comercializadoras de energia, como a Comerc Trading e a Newcom Energia, pessoas físicas, corretoras e investidores estrangeiros também podem utilizar esse tipo de instrumento financeiro.

Eles podem atuar diretamente no mercado de energia, mas esse não é um pré-requisito. É importante ressaltar que os derivativos do mercado de energia negociados no BBCE são puramente financeiros e não estão atrelados à entrega física do produto.

Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE)

O setor de energia dispõe de um canal exclusivo que tem, entre seus focos de negócios, a atuação no segmento de derivativos. Trata-se do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), uma plataforma digital criada em 2012.

Em 18 de janeiro de 2021, a BBCE realizou o primeiro pregão de negociação de derivativos de energia do Brasil, meses depois de receber autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar como administrador de balcão organizado.

Em sua estreia, a BBCE teve um total de 16 contratos realizados, com 27.384 MWh e um volume financeiro de R$ 7 milhões. Nove empresas realizaram negócios nesse dia. Entre elas, a Comerc Energia e a Newcom, comercializadora de energia do grupo Comerc. De janeiro até agora, já foram negociados 1,3 TWh na plataforma.

 

Glossário

Mercado de balcão: É o mercado de títulos e valores mobiliários, sem local físico definido para a realização das negociações, que são realizadas entre as instituições participantes.

Contrato de termo: É uma operação entre duas partes na qual uma delas se compromete a comprar (ou vender) uma determinada quantidade de uma mercadoria a um preço previamente definido em uma determinada data no futuro, também previamente definida.

Swap: O contrato de swap é utilizado em operações em que as partes desejam trocar a rentabilidade de dois ativos, em um determinado período. Estas operações realizam a troca de fluxo de caixa, tendo como base a comparação entre dois indexadores, que podem ser índices de inflação ou de ações, taxas de juro ou de câmbio, entre outros. E para o mundo de energia, podem ser utilizados os diversos tipos de PLDs existentes.

Fonte: B3 

 

Comercialização de energia com competitividade e economia: conheça a Newcom

A Newcom é uma comercializadora de energia que nasceu da união entre o espírito empreendedor da Comerc Energia e a experiência de executivos em grandes empresas do setor elétrico. A empresa é focada em operações de compra e venda de energia elétrica e na estruturação de produtos para o mercado de energia. Com atuação diferenciada, proporciona diversas possibilidades de negociação dentro do MercadoLivre para atender demandas específicas de cada cliente.

 

Conheça os produtos negociados pela Newcom

Compra e venda de energia
Negociação de contratos de compra e venda de energia que atendem as necessidades de clientes e fornecedores.

Swap de energia
Atende as necessidades de gestão de riscos dos parceiros comerciais nas operações de troca de energia (por fonte, submercado e período de fornecimento).

>> Leia mais: O que é SWAP de Energia?


Antecipação de caixa
Operação específica para geradores firmarem contratos de venda de energia com a contrapartida de recebimento antecipado do valor integral ou parcial da energia vendida.

Produtos estruturados
Consumidores e geradores de energia podem ter demandas específicas para negociação de energia, como adequação de fluxos de caixa, aplicação de indexadores e atendimento à carteira de unidade de consumo.


No Mercado Livre de Energia, a equipe de especialistas da Newcom Energia possui o know-how necessário para conduzir as empresas nas negociações mais proveitosas, oferecendo oportunidades vantajosas para o próprio consumo de energia e garantindo a escolha da alternativa mais viável, vantajosa e que de fato contribua para uma redução de seus custos.


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