Dez dos 12 setores avaliados apresentaram crescimento no consumo

O consumo de energia está gradualmente ganhando força. Isto já se verifica em dez das doze categorias do Índice Comerc Energia de novembro. Em média, houve um aumento de 1,28% no mês em comparação a outubro.

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“É sempre um bom sinal quando vemos a grande maioria dos setores consumir mais energia que no mês anterior”, afirma Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc Energia. “Vale ressaltar que quatro categorias – Veículo e Autopeças (5,61%), Comércio e Varejo (4,66%), Eletromecânica (4,47%) e Manufaturados (3,24%) – registraram aumento no consumo superior a 3% no período, o que é significativo”, comemora o executivo.

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“Em outubro, o Índice Comerc Energia já havia registrado um tímido aumento – de 0,41% – sobre setembro, com crescimento em seis das doze categorias monitoradas. Agora temos um segundo mês de melhora do quadro e com indicadores mais promissores”, ressalta o presidente.

Na contramão da recessão

No período de doze meses entre novembro de 2016 e novembro de 2015, a grande exceção foi o setor de Papel e Celulose, que registrou um comportamento de alta no consumo de energia, de 7,98%, mais que três vezes o crescimento do consumo da segunda colocada, Veículos e Autopeças, que demandou mais 2,45% do insumo no período. No entanto, nesse intervalo, oito das 12 categorias passaram a consumir menos energia, principalmente o Comércio e Varejo, que registrou uma forte retração, de 8,23%, assim como Embalagens, cuja redução registrada foi de 6,86%.

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“Mas, ainda que estejamos vendo essa pequena melhora, quando nos deparamos com a sequência de resultados do Índice Comerc Energia que consolida intervalos de doze meses, percebemos que ainda estamos com um relevante recuo no consumo da energia”, comenta Vlavianos. Ele chama a atenção para os piores momentos da série – em dezembro (-4,66%), março (-3,87%) e em setembro (-3,04%). “Todo esse conjunto sinaliza para um cenário econômico ainda desfavorável”, comenta.

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O menor consumo de energia nesses últimos doze meses está em linha com o desaquecimento da economia brasileira, cujo PIB fechará em 3,1% negativos este ano, segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria em seu Informe Conjuntural de 15 de outubro.

Em resumo, um ano difícil

Para Vlavianos, o ano de 2016 tem se revelado particularmente desafiador. “Quando os resultados consolidados de janeiro a novembro são contrastados com a consolidação dos meses janeiro a novembro de 2015, não há uma única categoria que tenha apresentado um crescimento maior do que 0,54%. Esperamos, no entanto, que 2017 nos presenteie com resultados melhores”, finaliza.

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O Índice Comerc Energia, publicado mensalmente, leva em conta o consumo das cerca de 1300 unidades na sua carteira, pertencentes a mais de 700 grupos industriais e comerciais que compram a energia elétrica no mercado livre.

 

 

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