O Governo deve soltar um pacote de medidas para manter a geração de energia elétrica até o término do período seco, em novembro de 2015.

Enquanto não é divulgado, fizemos uma análise do comportamento da geração térmica desde janeiro de 2013 até o final de 2014.

A geração térmica passou de 12.000 MW médios em 2013 para 16.000 MW médios em 2014.

O menor nível dos reservatórios do SIN neste período de 2013-2014 foi registrado em novembro de 2014, com cerca de 55.688 MWmed de energia armazenada, enquanto no mesmo mês em 2013 havia 128.085 MWmed de energia armazenada – portanto, mais do que o dobro.

A partir de fevereiro de 2014, com a falta de chuvas, a geração térmica foi despachada para preservar o nível dos reservatórios pelo menos até o fim período seco que se inicia em maio.

Pode-se notar, no gráfico abaixo, que houve uma crescente geração térmica combinada com a depleciação dos reservatórios:

Fonte: ONS e CCEE

Fonte: ONS e CCEE

Na análise por submercado, nota-se que o armazenamento decaiu principalmente nos submercados Sudeste e Nordeste, que representam, juntos, 88% da capacidade total do SIN. A região Norte tem um comportamento constante, costuma ter sua capacidade máxima observada entre abril e maio de cada ano.

Fonte: ONS

Fonte: ONS

Na análise em relação ao PLD, observa-se que, mesmo com um despacho térmico acima de 10.000 MW médios desde 2013, o PLD não se manteve constante. Isso porque o governo decidiu despachar térmicas fora da ordem de mérito pelo CMSE e, com as previsões de vazões otimistas, o PLD oscilou sem atingir o teto de R$780,03/MWh em vigor naquele ano. O despacho térmico realizado fora da ordem de mérito foi cobrado através de encargo de segurança energética.

Fonte: ONS e CCEE

Fonte: ONS e CCEE

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