Na contratação de energia, o consumidor do mercado livre de energia precisa estar atento a alguns pontos para ter melhores resultados
Ao ingressar no mercado livre de energia, o consumidor tem muitos benefícios, como redução de custos e previsibilidade orçamentária. Isso porque ele fecha contratos de longo prazo e cria as melhores estratégias de acordo com o seu perfil de consumo.
Escolher o menor preço de energia é um dos principais pontos para negociar a contratação de energia, mas não é só esse ponto que precisa ser levado em conta.
Levantamos aqui, os principais pontos de atenção que o consumidor precisa ter antes de fechar um contrato no mercado livre.
Conhecer o fornecedor de energia
O fornecedor da sua energia pode ser um gerador ou um comercializador. Existe uma gama de opções nesse mercado e a tendência é aumentar cada vez mais.
Tratando-se de um compromisso financeiro de longo prazo, a segurança é ponto chave para a contratação de energia e negociações. Por isso, é fundamental que o consumidor faça uma análise de crédito, conheça o histórico de quem ele está comprando e saber se ele cumpre todas as obrigações regulatórias.
Mas vale lembrar que, em contrapartida, o fornecedor também faz uma análise de crédito do consumidor que está fechando negócio com ele. Dessa forma, ele define as melhores condições comerciais do contrato e qual será a garantia financeira exigida.
Conhecer as opções de garantia financeira
Em toda negociação para contratação de energia, a garantia financeira é item obrigatório. Ela traz segurança para os dois lados da negociação, tanto consumidor como fornecedor.
E, dentro do contexto de que o número de fornecedores está cada vez maior, é imprescindível ter alguns cuidados na hora de fechar o contrato e conhecer todas as condições comerciais.
Existem diferentes tipos de garantia financeira no mercado. Destacamos algumas abaixo:
Fiança bancária: pagamentos assegurados em uma instituição financeira
Seguro garantia: Pagamentos assegurados por uma seguradora
Depósito antecipado: consumidor paga parcelas antecipadas ao fornecedor.
Na hora de tomar essa decisão, o consumidor precisa comparar custos e benefícios de acordo com sua particularidade.
Muitas vezes, o fornecedor que oferece um preço de energia menor pode exigir mais tempo de garantia financeira, o que pode deixar a negociação mais cara do que o fornecedor que oferece o preço da energia mais alto e garantia financeira menor.
Para calcular a garantia, leva-se em conta quatro fatores:
Montante: quantidade de energia contratada. Esse item pode mudar de acordo com cada fornecedor. Alguns consideram um montante médio e outros consideram montante máximo
Número de horas: média do número de horas do mês ou número de horas máximo.
Preço vigente: preço reajustado para aquele período do contrato.
Tempo: quantos meses o consumidor precisará pagar a garantia financeira, podendo variar de 1 a 3 meses.
Definir o volume de energia a ser contratado
Um dos pontos mais importantes no mercado livre de energia é conhecer o seu perfil de consumo, uma vez que os contratos precisam ter o volume de energia que será contratado para os próximos anos.
Para essa análise, o consumidor precisa analisar o seu histórico de consumo e quais são as perspectivas para o seu negócio. Por exemplo, se há previsão de aumentar produção de uma indústria e isso impactará o consumo de energia.
Nesse momento, também é preciso saber se o consumo é sazonal. O que isso significa?
Podem ter meses do ano que a sua empresa consome mais energia. Uma fábrica de chocolate, por exemplo, pode ter picos de produção em meses antes de datas comemorativas como Natal e Páscoa.
Entenda mais sobre esse tema no nosso vídeo:
Para cada caso, existe um diferente tipo de contrato que pode ser analisado e negociado com o fornecedor.
Fechar contratos de longo prazo
Fechar contratos de longo prazo pode ser muito mais vantajoso para o consumidor, trazendo previsibilidade orçamentária e preços menores.
Mas, para isso, é fundamental observar o melhor momento de contratar energia. Chamamos isso de janela de oportunidade.
Conhecer questões técnicas e meteorológicas pode fazer toda diferença na contratação de energia para o seu negócio.
Nesse ponto, uma gestora de energia com uma equipe de meteorologistas e pessoas especializadas pode apoiar. Com previsões de fenômenos naturais e estudos sobre o preço de energia, a gestora pode recomendar os melhores momentos para contratar, ou não, energia.
Uma prática já conhecida no mercado é o portfólio contratual, que nada mais é do que negociar energia com diferentes tipos de contratações, diferentes fornecedores e para diferentes prazos.
Essa opção reduz o risco para o consumidor. Variar o fornecedor, prazos e condições pode evitar riscos no fornecimento desse insumo. Mas, vale lembrar, que essa prática também traz mais complexidade.
No nosso webinário “Estratégias de contratação de energia”, nossos especialistas Natália Mendes e Lorenzo Valsangiacomo abordaram as diferentes formas de negociar energia no mercado livre.
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