Fonte: Coluna Mercado Aberto – Folha de S. Paulo, em 11/12/2015

Por Ana Cristina Frias

Indústrias de São Paulo que compram energia elétrica no mercado livre – que inclui grandes consumidores como fábricas e shoppings – pagam 33% a menos do que a tarifa cobrada pelas distribuidoras no Estado.

O dados são da Abraceel, a associação dos comercializadores de energia.

“Estamos vivendo uma situação singular”, afirma Reginaldo Medeiros, presidente da entidade. Nos últimos 11 anos, o preço do mercado livre era, em média, 17% mais barato, segundo ele.

O distanciamento  entre o preço livre e o tarifado aconteceu pela crise, que diminuiu o consumo de energia.

Pelo lado da oferta, as chuvas caíram e aumentaram o nível dos reservatórios. E obras de pequenas hidrelétricas ficaram prontas. “Está sobrando [energia] e o preço baixa”, diz Medeiros.

O valor no curto prazo da energia convencional, ou seja, que é de fontes como hidrelétrica, teve uma variação de 65% para baixo nos últimos 12 meses no monitoramento da Dcide, uma empresa de informação do nicho.

Este ano foi o de maior migração de companhias para o mercado livre, diz Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc, uma comercializadora. “Até o fim de 2014, tínhamos 205 clientes. Neste ano, colocamos mais 205”.

O potencial de empresas que podem migrar para esse tipo de contrato é de 15 mil, segundo a Abraceel. Hoje, 1.800 companhias escolhem de quem comprar energia.

Coluna Mercado Aberto - Folha de S. Paulo

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