Na última semana, o país presenciou um apagão em diversos estados. O horário ocorreu justamente no novo pico de consumo da matriz brasileira, às 15h. Antigamente, o horário de pico ocorria no final do dia, às 18h. Porém, o crescimento do consumo impulsionou a utilização do ar condicionado por todo Brasil.
Com temperaturas elevadas em grande parte do país, a demanda por energia vem batendo recordes desde 13 de janeiro, no Sudeste/Centro-Oeste.
Em vermelho, na tabela abaixo, está registrada a demanda máxima verificada pelo ONS em 13 de janeiro, 19 de janeiro (data do apagão) e na quarta-feira, 21, quando, novamente, houve recorde de demanda, chegando à casa dos 51.894 MW médios às 14h32. Na média, a carga de energia no dia 21 de janeiro foi de 45.315 MW médios.
Fonte:ONS
No comparativo com o SIN, observamos que a carga de energia do Sudeste representa cerca de 60% da do país. No dia 19 de janeiro, a carga programada pelo ONS ficou 1.000 MW médios aquém da verificada (grifado acima, em vermelho).
Em um momento em que os níveis dos reservatórios estão bem abaixo da capacidade máxima, a operação coordenada do sistema interligado pelo ONS torna-se ainda mais crítica, uma vez que as usinas têm menor vazão nos reservatórios.
Abaixo, comparamos o comportamento desses mesmos dias de janeiro em relação a 2015. A situação já não era otimista no ano passado e se agravou no início deste ano.
Fonte:ONS
Na análise do SIN, o nível dos reservatórios acumulado está inferior ao registrado no ano passado.
Fonte: ONS
Fonte: ONS