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Gestão de demanda e pico de carga: estratégias para reduzir custos

Escrito por Comerc Energia | 24/11/2025

Picos de consumo elevam a demanda faturável, geram multas e pesam no orçamento. Este guia detalha como a gestão de demanda de energia funciona na prática, apresentando estratégias — do rearranjo de turnos à automação e telemetria — para suavizar a curva de carga, reduzir custos e garantir previsibilidade.

A gestão de demanda e o controle de picos de carga são frentes essenciais para quem quer pagar menos por energia sem comprometer a operação.  

Ao mapear quando e quanto a empresa consome, e atuar sobre processos, rotinas e acionamento de equipamentos, é possível suavizar picos, evitar penalidades por ultrapassagem de demanda e dar previsibilidade ao orçamento.  

Com telemetria, automação e procedimentos bem definidos, dados viram decisões e decisões viram economia mensurável. Acompanhe o conteúdo para entender mais detalhes do processo!  

O que é gestão de demanda e como ela reduz custos? 

Gestão de demanda é controlar o perfil de carga da instalação, evitando variações bruscas e concentradas.  

Picos elevam a demanda faturável e podem gerar multas por ultrapassagem; ao reduzir esses picos, a empresa encolhe custos fixos da fatura, estabiliza o caixa e melhora a eficiência do uso da infraestrutura elétrica.  

Na prática, isso significa menos gasto por kW contratado e menos risco de eventos críticos durante horários de maior consumo. 

Como os horários de pico impactam a empresa? 

Horários de pico são momentos do dia em que a empresa consome muito. Isso pode acontecer por rotina de produção ou por equipamentos ligados ao mesmo tempo. Picos podem obrigar a contratar capacidade maior e preparar o caixa para pagar multas. 

Setores mais afetados: 

  • Indústrias com equipamentos de grande potência; 
  • Hospitais com equipamentos críticos; 
  • Centros de distribuição com horários concentrados. 

Quais os efeitos práticos: 

  • Aumento do custo fixo da conta; 
  • Multas por ultrapassar a demanda contratada; 
  • Necessidade de contratar mais capacidade, mesmo que só em parte do dia. 

Estratégias práticas para reduzir picos 

Comece pelo rearranjo operacional, uma etapa essencial para equilibrar o consumo de energia ao longo do dia. Ao deslocar cargas não críticas para fora dos horários de maior uso, escalonar partidas de equipamentos potentes e ajustar turnos ou rotinas de setup, é possível reduzir significativamente os picos de demanda.  

Além disso, manter uma rotina de manutenção preventiva evita desperdícios e garante que os equipamentos operem com eficiência máxima. 

Em paralelo, é fundamental consolidar controles e processos internos. Definir regras claras para horários críticos, treinar operadores para reagirem a alertas em tempo real e automatizar respostas quando a demanda se aproxima dos limites contratados são medidas que trazem estabilidade e segurança à operação. 

Na camada tecnológica, o uso de monitoramento contínuo (telemetria) eleva o nível de precisão da gestão. Com dados em tempo real, é possível visualizar o consumo, antecipar picos e acionar medidas preventivas antes que eles aconteçam.  

Soluções técnicas que ajudam 

Tecnologia torna a gestão mais precisa. Essas soluções ajudam a reduzir picos e a controlar gastos. 

Softwares de monitoramento 

  • Mostram consumo em tempo real; 
  • Emitem alertas antes que o pico aconteça; 
  • Ajudam a tomar decisões rápidas. 

Armazenamento de energia 

  • Baterias fornecem energia nos momentos de pico; 
  • Reduzem a necessidade de contratar maior demanda. 

Geração local 

  • Painéis solares reduzem consumo da rede no horário de sol; 
  • Combinados com baterias, aumentam a flexibilidade. 

Automação e controles 

  • Controladores priorizam cargas mais importantes; 
  • Variadores reduzem a corrente de partida de motores. 

Telemetria e submedição 

  •  Medição por equipamento revela os maiores consumos; 
  • Dados precisos permitem ações cirúrgicas. 

Benefícios diretos da gestão de demanda 

No curto prazo, a gestão de demanda reduz o custo total de energia, traz previsibilidade orçamentária e diminui o risco de interrupções por sobrecarga.  

Nos médio e longo prazos, cria processos mais eficientes, fortalece a agenda ESG com indicadores de desempenho energético e prepara a empresa para combinar compra de energia renovável com consumo mais inteligente, reduzindo emissões com base em dados. 

Como começar na prática? 

Defina um baseline horário do consumo para identificar picos reais. Instale medição setorizada nos pontos críticos. Implemente primeiro as ações de baixo custo e alto impacto (deslocamento de cargas, escalonamento de partidas, ajustes de turno), depois avance para monitoramento em tempo real e automação.  

Além disso, avalie baterias e geração local com estudo técnico que considere perfil de carga, janela de pico, tempo de descarga e retorno esperado. 

Amarre tudo em governança: metas por área, responsáveis claros, KPIs objetivos (demanda máxima [kW], número de eventos de ultrapassagem, % de redução de pico, custo por kW faturado, consumo específico por unidade produzida) e rotina de revisão mensal para capturar ganhos e corrigir desvios. 

Gestão de demanda e controle de picos tornam a empresa mais eficiente e previsível. Medidas operacionais, automação e tecnologia transformam dados em economia real. Com isso, Eficiência Energética vira vantagem competitiva. 

A Comerc oferece diagnóstico de demanda, soluções de Telemetria, projetos de armazenamento e integração de geração solar, além de apoio na implementação operacional. 

Agende um diagnóstico e descubra como reduzir picos e otimizar sua conta de energia usando o Mercado Livre de Energia.