Sua empresa paga pela energia final, mas só lucra com a energia útil. Este guia explica como as perdas impactam seus custos e apresenta as melhores estratégias para otimizar o rendimento dos seus equipamentos.
Na busca acirrada por Eficiência Energética muitos gestores focam apenas no valor final da fatura sem analisar a energia útil, um conceito fundamental que impacta diretamente a produtividade, a competitividade e a sustentabilidade das operações.
Dominar esse conceito significa tomar decisões mais inteligentes, otimizar o rendimento dos equipamentos e, consequentemente, fortalecer a saúde financeira do negócio. Você sabe como fazer isso do jeito certo?
Siga com a leitura para aprender o que é energia útil, seus benefícios, como calculá-la dentre outras informações.
Energia útil é a energia que efetivamente realiza o trabalho desejado ao final de um processo de transformação. Ela representa o resultado final do consumo energético, descontadas todas as perdas que ocorrem no caminho.
Em um forno industrial, por exemplo, a energia elétrica consumida é transformada em calor. Parte desse calor é aproveitado para aquecer o produto (energia útil), enquanto outra parte se perde para o ambiente (energia não aproveitada).
No cotidiano, a energia útil está na luz emitida por uma lâmpada (o resto vira calor), no frio gerado por um sistema de refrigeração ou no som que sai de um alto-falante.
Para ter uma gestão de energia eficiente é importante diferenciar os conceitos de energia primária e energia final da energia útil:
A grande questão para a indústria está na diferença entre a energia final (paga) e a energia útil (aproveitada). Quanto maior a perda no estágio final, menor a eficiência do seu processo e maior o custo operacional.
Se a energia é a capacidade de realizar trabalho, a potência é a rapidez com que esse trabalho é realizado. A potência elétrica útil (medida em Watts), portanto, é a taxa na qual a energia elétrica é convertida em trabalho útil por um equipamento.
A relação entre a potência total consumida por um equipamento e a potência útil que ele entrega define o seu rendimento energético. Equipamentos com baixo rendimento consomem mais energia para realizar o mesmo trabalho, inflando os custos e o desperdício.
Um motor que consome 10.000 W (10 kW) de potência elétrica (potência total) e entrega 8.500 W (8,5 kW) de potência mecânica em seu eixo (potência útil) tem um rendimento de 85%. Os 15% restantes (1.500 W) são perdidos, principalmente como calor.
A energia útil pode se manifestar de diferentes formas, dependendo da aplicação final. Confira as mais comuns na indústria.
É o calor aproveitado em processos como secagem, aquecimento de fluidos, fundição ou cozimento.
É a energia associada ao movimento, como a rotação de motores, o transporte de materiais em esteiras ou a compressão de ar.
Refere-se à energia luminosa em sistemas de iluminação em que a energia útil é a luz visível, e as perdas ocorrem como calor.
Saber como calcular a energia útil permite quantificar a eficiência dos seus processos e identificar onde estão as maiores oportunidades de economia. A fórmula básica é:
Energia útil = Energia fornecida × Rendimento do equipamento
Se um forno industrial consome 500 kWh de energia elétrica e possui rendimento de 70% a energia útil será calculada assim:
500 kWh × 0,7 = 350 kWh
Logo, 350 kWh são efetivamente aproveitados no processo enquanto 150 kWh se perdem, geralmente na forma de calor residual.
As perdas energéticas são inevitáveis devido às leis da termodinâmica, mas podem e devem ser controladas. Elas representam a ineficiência do sistema e impactam diretamente o custo de produção.
O baixo aproveitamento energético contribui para o preço alto da energia elétrica, aumenta custos, reduz a competitividade e impacta negativamente nas metas de ESG (governança ambiental, social e corporativa) e sustentabilidade das empresas.
Perdas de energia ocorrem em diversas etapas da cadeia de consumo industrial, como:
Maximizar a energia útil em indústrias exige planejamento, monitoramento e soluções inteligentes como as listadas a seguir.
Equipamentos bem conservados funcionam melhor perto de sua eficiência nominal. É possível reduzir o desperdício de energia com manutenção preventiva, incluindo lubrificação, limpeza e substituição de peças desgastadas.
A instalação de sistemas de Telemetria permite monitorar o consumo de energia em tempo real, por equipamento ou setor. Com esse monitoramento é possível identificar oportunidades de redução de perdas.
A tecnologia na gestão de energia é sempre uma grande aliada. O uso de inversores de frequência para ajustar a velocidade dos motores à demanda real; a automação de sistemas de iluminação e climatização; e o aprimoramento do isolamento térmico são exemplos de soluções inteligentes que otimizam o consumo energético.
O foco na otimização da energia útil supera a economia na fatura de luz, gerando vantagens estratégicas para as empresas. Entre elas, destacam-se:
A indústria do futuro precisa integrar eficiência, sustentabilidade e inovação. Diante disso, entender como funciona a energia útil é fundamental para os gestores tomarem decisões inteligentes, reduzir desperdícios e ter maior retorno sobre investimentos (ROI).
Se a sua empresa busca economia de custos, conheça nossas soluções de Eficiência Energética que transformarão seu consumo de energia em resultados concretos para toda a organização.